Visando um chocolate com maior valor agregado, os agricultores de São Paulo vêm aumentando a produção de cacau.
Este assunto me foi alcançado pelo @redechocolate e buscando diretamente na fonte, transcrevo abaixo a notícia divulgada na semana passada no site do governo do estado de São Paulo.
“O estado de São Paulo tem potencial para ser referência no setor, destacam especialistas em evento realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento
A produção de cacau no estado de São Paulo vem passando por um processo de fortalecimento e valorização. E com o objetivo de alavancar esse cultivo, o governo paulista, por meio da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, realizou nesta semana o Seminário Sobre a Cultura Cacaueira.
O diretor da Apta Regional, Daniel Gomes, afirmou que diversas regiões paulistas têm demandado o desenvolvimento da produção do cacau, o que tem feito com que a secretaria trabalhe com um olhar diferenciado sobre essa cultura.
“Estamos levando em conta não só o histórico e o potencial da produção cacaueira, mas também a evolução de outras cadeias. O café, por exemplo, deixou de ser commodity e vem se despontando ao longo dos últimos anos por meio do fortalecimento da produção nacional de cafés especiais. E para o cacau temos o mesmo olhar”, afirmou Gomes na abertura do seminário.
Foram temas das palestras e debates as variedades do cacau, as tecnologias para efetividade e produtividade em cacauicultura e o pós-colheita do cacau. Também foram discutidos os sistemas Cacau Cabruca, a qualidade da amêndoa e o processamento do chocolate.
A pesquisadora da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Neyde Alice Bello Marques, explicou que, para a verticalização do cacau, é necessário ter amêndoas de qualidade para a fabricação de chocolates diferenciados com alto teor de cacau. “O produtor de cacau precisa buscar conhecimento para produzir variedades produtivas, resistentes ou tolerantes a doenças e pragas, e com sabor e aroma efetivo”, disse.
Ela ainda afirmou que o perfil do consumidor brasileiro está mudando, com a busca de produtos mais saudáveis e o chocolate com alto teor de cacau. “O Brasil tem a oferecer chocolates diferenciados intensos, conhecidos como ‘bean to bar’ (da amêndoa à barra), proporcionando um alimento nutritivo”, completou. Atualmente, o país é o 4º maior consumidor de chocolate no mundo.
O seminário foi realizado na última quarta-feira (26) no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital/Apta), sob coordenação da Apta Regional e do Ital, órgãos da Secretaria, e da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag).
O evento contou com a parceria da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), da Bahia, segundo maior produtor de cacau do Brasil, atrás somente do Pará, de acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2021.”
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